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Estudantes do SESI Vila Real simulam julgamento de Lampião em atividade interdisciplinar

Ação reuniu alunos, professores e convidados do meio jurídico para discutir a figura histórica de Virgulino Ferreira por meio de encenação, pesquisa e argumentação

 Por: Stella Thomaz e Paulo Ribeiro / Comunicação Sesi-SP
07/05/202512:44- atualizado às 12:35 em 08/05/2025

 Os alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola SESI de Presidente Prudente localizada no Jd. Vila Real participaram de uma simulação de julgamento do cangaceiro Virgulino Ferreira, conhecido como Lampião. A proposta interdisciplinar uniu História, Língua Portuguesa e performance cênica em uma atividade voltada ao desenvolvimento de habilidades como argumentação, pensamento crítico e compreensão de narrativas complexas. 

Alunos interpretam Lampião e Maria Bonita durante a simulação do julgamento.

 

Durante a simulação, os alunos assumiram papéis como advogados, promotores e testemunhas inspiradas em personagens históricos e literários, como Maria Bonita, Antônio Conselheiro, Policarpo Quaresma, Ruy Barbosa e Euclides da Cunha.

 

O professor de História Thiago Colares Dutra, um dos responsáveis pela atividade, além da professora de Português Sirlei da Conceição, destacou o motivo da escolha da figura central: “Lampião foi escolhido como figura central por representar, de forma contraditória e provocativa, os dilemas sociais do Brasil da Primeira República: herói ou bandido? Justiceiro ou criminoso? “. A atividade também incentivou a análise crítica sobre o papel do Estado, da mídia e das desigualdades sociais do sertão nordestino no contexto do cangaço.

 

 

 Estudantes caracterizados como personagens históricos e literários.

 

Participaram como convidados o Dr. Lucas Pires Maciel, coordenador do curso de Direito da Toledo Prudente Centro Universitário, que atuou como juiz da simulação, e o Dr. José Tiago Chesine, promotor de Justiça do Estado do Paraná, que contribuiu com observações técnicas e elogios ao desempenho dos estudantes.

 

  

Convidados especiais do meio jurídico acompanham o julgamento simulado.

 

Thiago também ressaltou a relevância do formato adotado: “Em vez de apenas estudar convencionalmente os conteúdos, os alunos vivenciam dilemas históricos, assumem protagonismo e constroem saberes colaborativamente. Esse tipo de prática amplia a visão de mundo, desenvolve competências socioemocionais e mostra que aprender pode (e deve) ser envolvente, criativo e transformador.”

 

A utilização de metodologias ativas e práticas interdisciplinares fazem parte do dia a dia das escolas da rede Sesi-SP e buscam desenvolver não apenas conteúdos curriculares, mas também competências socioemocionais. Promover experiências que integrem diferentes áreas do saber e envolvam os estudantes em situações reais ou simuladas de tomada de decisão é uma estratégia eficiente para formar cidadãos críticos e participativos.  

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