Medalha dourada veio na disputa individual; já nas duplas foi a de bronze
Por: Paulo Ribeiro - Comunicação Sesi-SP
11/10/202113:29- atualizado às 15:15 em 06/09/2022
Depois de quase um ano de preparação com muito treino e superando as dificuldades impostas pela pandemia como isolamentos e restrições, os resultados finalmente chegaram. O atleta Yuki Rodrigues, do Sesi Prudente, encerrou sua participação no VI Campeonato Brasileiro de Parabadminton com a medalha de ouro no Simples (individual) e com o bronze nas duplas. O evento ocorreu no último fim de semana no Centro Paraolímpico Brasileiro em São Paulo.
Para alcançar a medalha dourada no individual, Yuki precisou suar a camisa. “Ele teve 5 jogos duríssimos, contra atletas muito bem preparados. Na final ele encarou o atual campeão panamericano, com a partida durando quase uma hora. Então essa medalha tem um peso muito grande para ele”, diz Mayara Bressanin, técnica do paratleta e da equipe de Badminton do Sesi Prudente. “O Campeonato Brasileiro serve para que o atleta pontue para o ranking nacional, que serve para indicar os melhores em cada categoria para competições internacionais como panamericano e até mesmo paralímpiadas”.
Nas duplas, o caminho também não foi fácil e por pouco Yuki não fica de fora das disputas de medalhas. Após disputar 4 jogos e chegar às semifinais, o seu parceiro sentiu uma lesão quando jogava uma partida individual e não pode jogar. “Como no badminton não existe disputa de terceiro lugar, eles acabaram ficando com o bronze”, explica Mayara.
Trajetória
O sul-matogrossense Yuki Roberto Rodrigues tem 19 anos e teve seu primeiro contato com o badminton em 2016, por intermédio do professor Roney Araújo, seu primeiro treinador em Três Lagoas, MS, na ATEAC (Associação Trêslagoense de Esporte Adaptado e Cultura). Após deixar o atletismo, Yuki se aprofundou na modalidade, chegando a disputar campeonatos estaduais no Mato Grosso do Sul e fazendo sua estreia no cenário nacional em 2018. “Foram muitas dificuldades enfrentadas, estrutura, recursos, mas sou muito grato ao professor Roney por ter confiado em mim”, diz o atleta. Em 2020, surgiu a oportunidade de treinar no Sesi em Presidente Prudente, SP, mas a pandemia fez os planos serem adiados.
Sua chegada ao Sesi ocorreu apenas no início de 2021, quando pode ter acesso à toda estrutura de treinamento disponível para a modalidade na unidade. Além disso, ele contou com todo o apoio da técnica Mayara em sua adaptação na cidade e à nova rotina de treinos. “Desde a minha chegada ela me ajuda, e até hoje quando preciso de algo ela sempre está por perto. Não tem como não agradecer a ela e ao Clóvis (orientador do Centro de Qualidade de Vida), por todo apoio dado à mim”, afirma. “Eu digo que essas medalhas são apenas o começo e que ainda teremos muitas conquistas”, encerra.